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Foto do escritorEdmilson Ferreira

Confinado

Escrevi este soneto em um período difícil durante o isolamento social causado pela pandemia do novo Coronavírus.




Em casa, sozinho, escutando o piano,

Que traz à cabeça um pouquinho de paz,

Só faz uns dois meses, mas parece um ano;

Surpresas que a vida, sem pena, nos trás.


O mundo, que antes já era apertado

Devido aos recursos da modernidade,

Agora está muito menor, compactado.

Paredes que minam nossa liberdade.


Aquilo que, outrora, foi tão trivial

Tornou-se desejo impossível, voraz,

Que abala de vez o equilíbrio mental.


A vida não passa de um breve momento.

Anseio que venham mil anos de paz

E que valha a pena esse confinamento.


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