Escrevi este soneto em um período difícil durante o isolamento social causado pela pandemia do novo Coronavírus.
Em casa, sozinho, escutando o piano,
Que traz à cabeça um pouquinho de paz,
Só faz uns dois meses, mas parece um ano;
Surpresas que a vida, sem pena, nos trás.
O mundo, que antes já era apertado
Devido aos recursos da modernidade,
Agora está muito menor, compactado.
Paredes que minam nossa liberdade.
Aquilo que, outrora, foi tão trivial
Tornou-se desejo impossível, voraz,
Que abala de vez o equilíbrio mental.
A vida não passa de um breve momento.
Anseio que venham mil anos de paz
E que valha a pena esse confinamento.
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